quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Florais de Bach e o Cura-te a ti mesmo



Em sua obra "Cura-te a Ti Mesmo", Dr Bach nos fala da terapia floral para tratamento do ser como um todo e da importância de participarmos ativamente do processo de transformação e cura. Com tudo o que nos acontece na vida, vamos adiquirindo muitas couraças, escudo. A terapia floral vem nos ajudar a limpar camada por camada até resgatarmos quem realmente somos, nossa verdeira essência. Nem tudo são flores. Em toda terapia há um aprendizado e precisamos tomar conciência do que e onde precisamos mudar. Antes de tudo um trabalho de aceitação e transformação.


Segue um resumo do livro:

Edward Bach foi um respeitado médico inglês, creditado como o compilador dos ensinamentos e remédios que constituem o popular “Florais de Bach”; tendo como base a formação em medicina e especialização em bacteriologia e imunologia, atuou durante a Primeira Guerra e observou que boa parte dos medicamentos apresentavam resultados diferentes de acordo com a índole e estado emocional dos pacientes. Sendo diagnosticado com uma doença incurável, experimentou em si mesmo parte da então teoria adquirida por meio da observação clínica, obtendo resultados significativos na cura de sua doença; a partir de 1919 encontrou na homeopatia aspectos semelhantes às suas observações e experiência pessoal, pesquisando ainda o trabalho do criador da homeopatia (Dr. Hahnemann), mas foi em 1929 que se dedicou integralmente a pesquisa, desenvolvendo os fundamentos e os remédios que compõem os Florais de Bach. Observando bem o primeiro capítulo da obra “Cura-te a ti mesmo” é fácil perceber que o Dr. Bach, por meio da observação e prática pessoal, compreendeu algo defendido por muitos antecessores, algo que é uma espécie de base dentro das formas tradicionais de medicina do Oriente! A medicina Ocidental é cartesiana, separa o indivíduo em partes para tentar extrair algum elemento, negligenciando o fato de que o ser humano é integral e atua dentro do aspecto de sinergia; identificar a causa ou origem, aplicando aí os métodos terapêuticos, é o método da medicina oriental, bem como dos Florais de Bach. Você pode ir ao médico e dizer onde dói ou como dói, e ele solicitará um exame de imagem ou prescreverá algum remédio que combata essa dor, mas, raramente, questionará seu estado emocional; é por isso que muitas pessoas usam remédios e ficam presos a doenças permanentemente, tratam os sintomas, mas não as causas! A doença, assim como a morte, faz parte da vida, entretanto é preciso que ela seja ouvida, permitindo a identificação do (s) desequilíbrio (s) e nosso real estado interior, tomando medidas efetivas para a correção e nossa evolução emocional. Prosseguindo, somos informados sobre a existência de uma alma, uma parte do nosso ser que vai além das visões e experiências terrenas, trata-se do verdadeiro eu, distante de qualquer interpretação egoísta! Esse nosso “verdadeiro eu” é a análise primordial para a obtenção de uma verdadeira anamnese, enxergando a integração corpo/ alma ou corpo mente no diagnóstico; sobre isso basta observar que o termo psicologia deriva do “psique”, cujo significado é alma ou sede das emoções. Uma vez que essa sede é alterada ou forçada a sair do fluxo natural, produz sentimentos e emoções que podem desestabilizar o indivíduo, brotando daí muitos fatores patológicos ou, em associação com outras coisas e condições, os males que encontramos na sociedade moderna! Não somos seres materiais passando por experiências espirituais, somos seres espirituais passando por experiências matérias através dessa vida que nos foi concedida. Somos uma unidade, corpo e alma, portanto é preciso que exista uma avaliação também unificada, caso contrário teremos uma avaliação puramente física-corporal, ambiente ligado às manifestações dos estados patológicos e não às causas reais; as grandes patologias ou principais condições são as emoções, por isso o texto “Cura-te a ti mesmo” reforça, no terceiro capítulo, o fato de que orgulho, crueldade, ódio e outros sentimentos / ações são as reais doenças. Essa abordagem, além de terapêutica, também se inclina para as tradições religiosas que classificam todos esses estados (e muitos outros) como pontos a serem evitados em nossas vidas; o crescimento desenfreado de pessoas com carência de valores reflete a quantidade de pessoas doentes! Observe que a ciência médica evoluiu bastante nas últimas décadas, desde às técnicas cirúrgicas aos equipamentos diagnósticos de última geração, entretanto as doenças continuam – Antes de tudo, a patologia é uma questão de reeducação emocional, não apenas de avanço tecnológico. Ao compreendermos esses aspectos somos levados a concretizar um “modo de vida”, uma vez que sentimentos emoções podem surgir ao acaso e em qualquer momento, necessitando assim de uma prática permanente de observação e tratamento, algo que os Florais de Bach nos oferece de forma simples, prática e efetiva! Mas é preciso respeitar o tempo de desenvolvimento de cada indivíduo, como mencionado no quarto capítulo da obra aqui resumida; apesar da efetividade técnica, é fundamental o comprometimento do paciente, pois é ele que deve se conscientizar do seu papel. Falamos sobre emoções e processos internos, logo existe a necessidade e comprometimento do paciente, uma vez que o terapeuta atua como alguém que aponta uma direção, direção essa que o paciente deve seguir com base no aconselhamento de um terapeuta qualificado! Orgulho, egoísmo, ódio e outras coisas devem ser tratadas de dentro para fora e esse é o papel das diversas terapias, incluindo aí o importante papel dos florais; uma palavra oportuna é “libertação”, pois acabamos presos nessas e outras emoções que se manifestam através de doenças físicas e psicológicas. O quinto capítulo revela um aspecto muito importante, mas que nem sempre recebe à devida atenção... Trata-se da relação entre pais e filhos, de mestre e discípulo; até aqui compreendemos que as doenças estão relacionadas com as nossas emoções e visões de mundo, entretanto, emoções e visões, em parte, são adquiridas e não natas! Mas como adquirimos todo essa carga emocional e capacidade de visão? Recebemos influências diretamente do meio familiar, mais precisamente dos pais durante os primeiros anos de vida e esclarecimentos, bem como dos mestres em períodos posteriores. Falei anteriormente sobre a evolução tecnológica e como isso não permite o fim das doença, encontrando aqui um paralelo... Cresce cada vez mais o número de crianças nascidas em lares desestruturados (não no quesito material, mas emocional), ambiente propício ao desenvolvimento de emoções inadequadas, algo que projeta claramente o crescimento no número de pessoas doentes, principalmente nas chamadas “doenças emocionais”; paternidade deve ser encarado como um dever sagrado, assim como a atuação dos professores e mestres, responsáveis por preservar e transmitir o conhecimento – No meio a problemas familiares e educacionais, é fundamental a atuação dos terapeutas. Toda alma aqui nascida ou encarnada tem seu papel no desenvolvimento de habilidades particulares, habilidades que completam ou complementam outras no processo que chamamos de “vida”, por isso é fundamental obedecer aos desígnios de nossa própria consciência, uma vez que ela esteja liberta ou esclarecida a respeito dos valores e princípios; para isso é preciso evitar qualquer tipo de domínio por parte de qualquer personalidade incidental, assim como atuar em auxílio daqueles que procuram tal libertação. A verdadeira conquista e triunfo sobre essa batalha emocional, causadora de diversas doenças, sem dúvida, é atingida por meio de muita coragem e fé, com o auxílio profissional adequado, reforçando mais uma vez a importância do terapeuta nesse processo; no processo natural, por maior que seja o desafio, só recebemos tarefas que conseguimos fazer, portanto a vitória é uma questão de perseverança, algo que também será profundamente influenciado por emoções saudáveis (que produzem efeitos positivos) – Nossas relações cotidianas são fatores que influenciam nossa saúde. Sacrifícios de animais, rituais complexos e muitas outras coisas foram praticadas em busca da cura humana, sempre procurando algum trabalho exterior, nunca uma ação ou mudança interna; agora compreendemos que as causas são internas e somente combatendo-as internamente será possível uma real libertação! A Homeopatia trouxe uma nova visão (na verdade um resgate) após um longo período de trevas, uma visão que se aproxima da interpretação de antigos sistemas tradicionais do Oriente. Aqui cabe mencionar a base do capítulo sete, com ênfase na metodologia que devemos adotar para evitar o ataque das doenças, considerando a mente em primeiro lugar; é na mente que surgem nossas emoções, algo que refletirá nosso estado de saúde! Corrigir nossa forma de pensar é um meio interessante para adquirir um novo hábito emocional, mas nem sempre temos a maturidade necessária para identificar tais emoções e trabalhar sobre elas, daí a importância dos Florais de Bach (e muitas outras terapias); mas não podemos esquecer que o corpo é a casa da alma, portanto não devemos esquecê-lo – Sono adequado, alimentação adequada, roupas adequadas. A conclusão do oitavo e último capítulo de “Cura-te a ti mesmo” reforça os pontos que abordamos anteriormente, frisando a vitória sobre as doenças a partir da conscientização da nossa natureza original e divina, da desarmonia ou desequilíbrio como fator interno das causas das doenças e, em terceiro lugar, nossa ação de identificar e eliminar o desequilíbrio, muitas vezes sendo necessária a ação de um terapeuta; encontrando também uma perspectiva sobre a “medicina do futuro”, com base nessa visão mais humana e integral. Apesar da lógica envolvida, a maior dificuldade é a inclinação que existe para métodos superficiais e que enxergam apenas sintomas, já enfatizando a comercialização de drogas que oferecem alívio temporário e diversos efeitos colaterais que necessitam de mais e mais drogas! Sobre isso não descarto a importância do desenvolvimento médico, sendo sempre indicado, mas é preciso que exista maior integração desses elementos, produzindo algo mais integral nas formas de tratamento – É por isso que, mesmo antigas, essas “terapias alternativas” ganham cada vez mais espaço e procura em nossos dias. 


Resumo por Daniel Santos https://senseidaniel.blogspot.com/?m=1

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